Do Mestre Hilário não sei muito, apesar de ter ido umas vezes no seu estúdio.
Não é um artista barroco, cheio de truques, muito pelo contrario. Hilário é um homem muito simples, tal como muitos artesãos Sãotomenses. O seu estilo tem uma simplicidade gráfica bastante eficaz e, noutro contexto, o seu trabalho teria certamente outra dimensão.
As suas pequenas figuras entrelaçadas, as suas cenas em baixo-relevo, têm um verdadeiro charme e retratam perfeitamente a vida quotidiana Sãotomense, o Tchiloli, o Dança Congo assim como outros eventos culturais de São Tomé. Saber que muitos dos seus desenhos são empilhados descuidadamente numa ou duas gavetas me deixa louco. Pelo seu valor cultural e a sua beleza, é preciso fazer justiça ao seu trabalho.
E preciso publica-lo.