Cidade Velha, Ilha de Santiago.
Enquanto uns turistas Americanos gozam do mar e do sol, a beira do mar, um restaurante caseiro está preparando umas deliciosas refeições para o seu frágil estômago. Hoje não haverá malagueta.
Numa rua perto, uma mulher enche o mar de sonhos.
Sonhos de água só.
Do meu lado, cão vadio, andei pelas ruas e acabei por ser convidado por uma família.
Durante uma hora contamos histórias.
Uma hora de tempo foi preciso para as meninas da casa lavar a roupa.
Foi numa piscadela de olho que o sol secou tudo.
O sol era redondo como a bacia.
Mas não tinha a sua frescura.
Mais tarde, vi uma menina sentada no chão perto de um poste de luz.
Com uma lata ela pegava água que saia dum buraco no chão.
Um tubo de abastecimento de água da Cidade quebrou e queria, antes que um técnico aparece para reparar o vazamento, aproveitar ao máximo dessa agua livre.
Mais tarde, a sua família ira usar a água para as plantas e lavar roupa.
Aqui ninguém faz colecção de bidões vazios, mas todos têm.
Peixe, onde esta o teu?
Sem água você não consegue sobreviver e nos e nós não mais que você portanto Peixe, diga-me: como é que vamos sair dessa?
PS: A água é um recurso escasso num país “vulnerável” como Cabo Verde em termos de precipitações. Ainda 40 por cento da população cabo-verdiana não dispõe de água canalizada.
Mas, tal como esta menina, que coragem incrível tem os Cabo-Verdianos para encontrar soluções e sobreviver!
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